Contribuições da escola ontopsicológica ao processo de projeto de arquitetura de interiores

Lygia de Almeida Marques

Resumo


Baseado em um breve perfil, baseado em algumas características do espaço e da pessoa, se começa o processo do projeto de intenção do cliente para o seu espaço. Tanto os clientes que sabem o que querem e os que ainda não sabem, transmitem uma informação, seja verbal como não-verbal, sobre seus desejos. Às vezes a pessoa quer organizar seu espaço para que este seja mais saudável, mais funcional, mais harmônico, mais econômico. O arquiteto de interiores deve estar atento para perceber o que diz a intencionalidade de seu cliente.

            O Em Si ôntico é o mediador do arquiteto para o projeto de arquitetura de interiores e possui características particulares capazes de elaborar um plano específico e distinto, igual ao seu iso de natureza. O arquiteto por sua vez deve estar centrado nos sinais emitidos pelo cliente e deve eleger um critério específico para uma pessoa específica.

Sendo a pessoa uma distinção que especifica o ato poderíamos ter espaços distintos e específicos para cada pessoa. Entre os bilhões de homens que existem, aquela pessoa é somente ela. Então, poderíamos imaginar quantos ambientes únicos teríamos, quanta diversidade de espaços interiores existiriam, quando falamos de projetos de arquitetura para uma específica identidade psíquica, distinta, completamente diferente? O específico irrepetível é o Em Si ôntico, através do qual o grande mundo da vida constitui a pessoa de modo único, jamais repetitivo. E assim, por consequência, o irrepetível seria para a casa, para o jardim, para a empresa, para o mobiliário, para o objeto.

Ao introduzir os elementos que a Escola Ontopsicológica nos apresenta no processo de projeto de arquitetura de interiores o arquiteto pode ir além da técnica no seu modo de fazer as coisas, transcendendo os estereótipos e os padrões convencionais, fazendo evolução social, vivendo no sistema sem ser o sistema, aprimorando seus conhecimentos, educando e fazendo crescimento de si mesmo e do próprio cliente, a fim de propor uma arquitetura autêntica, uma arquitetura que identifica o homem, uma arquitetura ontológica.  


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Referências


REFERÊNCIAS

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